4 coisas para NÃO deixar de fora do seu Pitch Deck
Saiba quais tópicos e detalhes devem estar presentes na sua apresentação para investidores, o pitch deck.
O que é um pitch deck?
Quando se trata de buscar investimentos, o pitch deck é algo essencial para atrair potenciais investidores. Essa apresentação foi muito responsável pelo grande aporte que empresas como Airbnb e Facebook receberam e deve ser muito pensada e bem produzida para conseguir o tão desejado investimento.
Por mais que Guy Kawasaki, venture capitalist e conselheiro da Apple, tenha criado a regra 10/20/30 para definir que o pitch deck deve ter até 10 slides, durar 20 minutos e ter uma fonte de texto mínima de 30, muito é discutido sobre o número de slides da apresentação. Por exemplo, o pitch deck do Linkedin para Série B de investimentos em 2004 contava com 37 slides, mas não é usual passar de 20 slides. Isso porque é consenso que sua apresentação não deve durar mais de 20 minutos, e muitas vezes será disponibilizado menos tempo, então seja conciso.
O pitch deck deve apresentar a sua empresa tanto com storytelling quanto com dados. Ao mesmo tempo que você deve apresentar qual o problema identificado, a dor do seu público-alvo e qual a sua solução e como ela resolve a dor, também mostre quantos clientes a empresa atende, qual o faturamento, quais as expectativas de receita e o modelo de negócios. Além disso, existem algumas coisas que não podem ser esquecidas para ter um pitch deck de excelência:
#1: Proposta de valor clara
Isso parece óbvio, mas é muito fácil colocar vários aspectos da sua solução como proposta e ter uma descrição do seu produto ao invés de uma proposta de valor. Ela deve ser simples e direta, e deve representar o que a sua empresa faz e seu diferencial. Por exemplo, a proposta de valor do Airbnb é clara: oferecer acomodações mais baratas e gerar renda para quem aluga sua casa ou apartamento. Eles não focam em enfatizar a facilidade de encontrar acomodações no mundo inteiro ou de reservar e pagar na plataforma online. Isso porque o objetivo não é listar tudo que você traz, e sim dar uma proposta clara sobre o que você faz diferente para resolver um problema real.
#2: Comparação com seus concorrentes
Outra coisa importantíssima é analisar seus concorrentes, inclusive os indiretos. Assim, fica mais fácil entender o seu mercado e seus diferenciais. Algo interessante a se explorar é uma matriz de competição, onde você consegue graficamente explorar os benefícios e desafios da sua empresa em relação ao resto do mercado. Por exemplo, como o Airbnb faz no seu pitch deck:
#3: Quantificar o mercado
Não adianta explicar com clareza o problema identificado mas quantificar a oportunidade com termos vagos ou tendências sem provar e quantificar seu argumento. Então, pesquise muito bem para não falar “É um mercado muito grande que vem crescendo nos últimos anos”. Busque sempre frases como essa no lugar “Hoje o mercado é de X pessoas e cresceu em tantos porcentos nos últimos Y anos e a previsão é de que em Z anos seja de W”. Seja específico para o investidor entender que você pesquisou e domina o que está mostrando e conseguir avaliar as oportunidades de investimento.
#4: Apresente o time
Mostrar porque e como a sua equipe é ideal para resolver esse problema também é importante. Afinal, as pessoas que consumirão o investimento. Então, o investidor precisa entender o que há de especial no seu time e porque vocês vão ter sucesso num mundo onde 90% das startups fracassam. Também, é interessante ressaltar quem ajudou vocês no processo, como mentores. Além disso, especifique qual perfil profissional e pessoal que vocês buscam e quais que carecem no momento de forma realista. Mostre como as pessoas e experiências individuais se encaixam para formar um time de sucesso.