4 táticas para testar ideias
Entenda como criar testes melhores para validar suas ideias.
Não preciso reforçar o quão importante é fazer testes, coletar feedback e validar antes de dedicar esforços para lançar algum produto, decidir por alguma estratégia ou mudar o rumo que sua empresa estava trilhando. Mas, alguns aspectos devem estar bem claros para que o processo de testar ideias seja válido e objetivo.
Antes de tudo, uma coisa importantíssima para obter resultados verdadeiros ou alcançar sucesso com alguma ideia é não ficar preso a hipótese inicial. Testes de produto, ou de qualquer ideia, são como experimentos científicos: com o distanciamento necessário para criar análises a partir dos resultados. Assim, precisamos encará-los com imparcialidade e rigidez quanto aos critérios, independente de quanto se gosta ou não da ideia. Algumas táticas para não se perder em meio a muitos diferentes testes simultâneos ou não trazer parcialidade para os testes são:
#1: Prazos
Por mais que todos saibam que se deve estipular prazos para testes, muitos não dão a devida importância a eles. Não só se deve ter um prazo estabelecido desde o começo com um planejamento específico dos afazeres do período. Mas também entender o final de cada período rigorosamente para obter resultados válidos. É muito fácil prorrogar o prazo até alcançar os resultados desejados, esquecer que o teste existe ou ainda ter ansiedade para os resultados e pensar que o teste acabou muito antes da sua finalização. Assim, estabelecer e atentar-se rigorosamente a prazos é essencial ao testar qualquer ideia, principalmente para afirmar que algum teste foi bem sucedido.
#2: Métricas claras
Todas os resultados e decisões tomadas a partir deles devem ser baseadas em métricas claras. Quando falo isso, não me refiro somente ao classificar o resultado final, mas também o acompanhamento durante o teste. Então, ter objetivos específicos a serem alcançados no final do teste para considerá-lo bem sucedido e indicadores para acompanhamento é importante.
Por exemplo, se ao tentar aumentar o engajamento em um serviço de e-commerce, uma empresa decide testar um aplicativo de atendimento ao cliente. Aumentar em 60% o tempo de permanência do usuário em uma página específica do site é uma métrica possível. Um indicador de acompanhamento seria um aumento gradual de 10% em algum período estabelecido dentro do teste. Caso isso consuma muitos recursos e esses indicadores parciais indiquem tremenda falta de sucesso, podem decidir interromper o teste, que não atingiria os resultados esperados e gastaria ainda mais recursos. A atenção aos prazos continua sendo importante. Mas, se os indicadores mostram que o teste já fracassou e não há mais recursos para isso, a interrupção é uma decisão válida, até por isso fica evidente a importância de métricas claras.
#3: Documentação
Algo muito importante para os testes é uma boa documentação. Entender o que está acontecendo durante o teste e documentar isso não só pode ajudar a analisar os resultados e entender detalhes que podem explicar o todo, mas também é importante para um registro futuro. Vamos supor que um teste fracassou. Assim, é interesse ter registrado o que aconteceu para, se no futuro, quiserem testar a mesma ideia, entenderem o que deu errado na estratégia e aprender com aquilo. Entretanto, mesmo com resultados positivos devemos registrar: se no futuro quiserem entender o que fez com que o número de usuários passar de mil para 100 mil para replicar na tentativa de alcançar 1 milhão por exemplo.
#4: Conclusões específicas
As conclusões são a parte final dos testes, a tão esperada afirmação se houve ou não sucesso. Porém, a conclusão não precisa ser tão dicotômica e simples como “sim” ou “nao”. É até interessante que seja mais específica e elaborada, principalmente no caso de ser malsucedida. Isso porque entender que, por exemplo, uma estratégia não funcionou porque a segmentação estava inadequada é mais importante do que simplesmente “não funcionou”, inclusive se forem testar essa ideia no futuro de novo.
Neste caso o motivo do fracasso é bem claro. Mas, não precisa de tanto para tirar algum aprendizado do teste. Por exemplo, motivos externos (como um período de crise econômica), localização do teste ou até da empresa, timing entre outros já fornecem mais informações para o seu time aprender e no futuro decidir se e como refazer esse teste ou seguir uma estratégia parecida.
Com estas dicas simples, consiga testar de maneira mais objetiva e alcançar resultados imparciais nesse processo. E, claro, gestão e organização são duas peças importantíssimas para seguir estas etapas. Então, comece por templates ou crie os seus próprios no jestor para acompanhar o que precisar e ter sucesso.