Antifragilidade – um ponto da nossa cultura
O que é antifragilidade e porque é um ponto da nossa cultura.
O oposto de fragilidade
Para entender a antifragilidade, precisamos antes entender exatamente o que é algo frágil. Objetos frágeis são aqueles que quebram facilmente, como uma xícara de porcelana que cai no chão. Porém, algo que cai e não quebra não é o oposto de frágil. Por exemplo, um copo de plástico que cai no chão é robusto porque ele fica intacto. O copo é neutro a situação, não estaria diferente caindo ou não.
Então, antifrágil não é algo estático, mas sim dinâmico. Não basta ser neutro à situação. Portanto, definimos a antifragilidade como algo que se beneficia com a incerteza e com o dano. Por exemplo, é algo que não só cai e quebra, mas que se fortalece com isso.
Da mitologia, a antifragilidade é muito associada a Hidra de Lerna. O monstro com corpo de dragão e cabeças de serpente ficava mais forte a cada vez que atacavam-a: sempre que cortavam uma cabeça, nasciam duas. Então, como a hidra se fortalecia e melhorava com o dano, ela é um ótimo exemplo do oposto de fragilidade.
O ser antifrágil
Se antifragilidade é ganhar e se fortalecer com o incerto, para ser antifrágil é necessário tentar usar o caos sempre a seu favor. Para isso, se expor ao risco é essencial já que é o único jeito de aprender, crescer e se fortalecer.
Além disso, uma premissa muito forte e importante para nós, muito conectada com o ponto de ir além, é entender que errar é algo positivo. Quando falamos isso, queremos dizer que estar aberto ao erro é necessário para se desenvolver e melhorar. Isso pois se a pessoa errou, é porque ela testou. Assim, uma vez que você erra, mais propenso está de corrigir e ir para frente. Se a pessoa não erra, é porque não se arrisca e assim não aprende como evoluir.
Na nossa cultura
Para nós, a antifragilidade se traduz em usar o caos e as incertezas para fortalecer cada vez mais o produto e a empresa. Buscamos sempre desafiar o jestor porque quanto antes descobrirmos bugs no produto, falhas na operação ou erros, antes melhoraremos.
Além disso, essa exposição nos prepara sempre. Inclusive, não tem como criar um bom produto sem testá-lo nas diversas circunstancias que os clientes podem precisar. Portanto, aquela lógica tradicional de que não se deve cometer nenhum erro e manter-se na sua zona de conforto não nos serve. Acreditamos justamente no contrário: o erro é um começo. Assim, esse é o único jeito de realmente não ser frágil.
Inspiração
Para representar esse ponto, o Nassim Taleb é o grande modelo.
Além do livro “Skin in the Game” (comentado em outro texto), Taleb é autor de “Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos”. Nesse livro, ele mostra como a incerteza é uma grande certeza na nossa vida e deve ser vista como algo positivo.
“A incerteza é algo presente, desejável e necessário para a evolução.”
Nassim Taleb