Curiosidade – um ponto da nossa cultura
O que é curiosidade e porque é um ponto da nossa cultura.
cu·ri·o·si·da·de
Como ponto da nossa cultura, curiosidade é a paixão pela busca de conhecimento. Isto é, a busca constante de racionais e motivações por trás de ações. Entender porque as coisas são de uma certa maneira, como podemos melhorá-las ou porque testar uma nova iniciativa também são curiosidade. Assim, ela é essencial para entender processos da empresa, que precisam ter um racional por trás para fazerem sentido. Caso contrário, estão fadados ao desentendimento.
Com essa busca, descobre-se uma clareza maior em relação ao contexto inserido e a causas e efeitos. Então, curiosidade é muito mais importante do que se imagina: não é só sobre querer respostas, mas sobre encontrar a essência e ter um entendimento amplo e racional sobre as coisas.
Uma pessoa curiosa
Agora que já definimos curiosidade na nossa cultura, fica claro que esse ponto também é aplicável para indivíduos. Uma pessoa curiosa está sempre evoluindo ao explorar os mecanismos ao seu redor. Assim, a pessoa vai mais longe ao entender os racionais de o que faz. Essa curiosidade contribui para a pessoa entender seus erros e evitá-los no futuro já que as relações de causa e efeito estão mais claras e a pessoa busca constantemente o conhecimento. Então, ela é vantajosa tanto para o individuo quanto no meio profissional.
Resolução de problemas
Pode parecer óbvio que para resolver um problema é preciso antes identificá-lo. Porém, muitas pessoas param esse processo ao encontrar algum sintoma e transformam-o no problema. Por exemplo, a pessoa não tenta investigar as causas de uma dor de cabeça. Simplesmente acredita que o sintoma, a dor de cabeça, é o seu problema. Assim, trata somente sintoma, não investiga a consequência para descobrir causas e chegar no problema em si.
Isso é muito prejudicial num ambiente de trabalho já que recursos podem ser gastos indevidamente e por muito tempo até que se perceba que na verdade estão comprando a cura para algum problema que eles não tem. Então, a curiosidade é essencial para resolver problemas já que, antes de tudo, eles precisam ser devidamente identificados e assim começar um processo de ideação.
Believability-Weighted Idea Meritocracy
Nesse processo, é esperado que surjam muitas ideias e caminhos para a busca por racionais. Inclusive, acreditamos que isso deve ser encorajado em outros pontos da nossa cultura. Independente da posição ou cargo, todos devem ser curiosos, o que implica que todos devem contribuir nesse processo.
Mas, dentre milhares de ideias e sem muita hierarquia, qual prevalece? A melhor ideia e o melhor racional sempre devem prevalecer, independentemente de quem sugeriu.
“Believability-Weighted Idea Meritocracy” é um conceito muito associado a isso, no qual as ideias de pessoas mais capazes e experientes em algum assunto pesam mais. Isso não quer dizer a pessoa no cargo mais alto, e sim que, depois de todos sugerirem ideias, as pessoas com mais propriedade sobre o assunto tem mais voz no caso de indecisão ou falta de clareza sobre qual caminho seguir.
Inspirações
Para esse ponto, temos dois grandes modelos: Ray Dalio e Charlie Munger.
Ray Dalio, para entender o racional das ações da sua empresa, criou o “Principles“. Essa série de princípios por trás de decisões é importante para aumentar a clareza do que está acontecendo. Com isso, comunica-se da melhor forma possível tanto para dentro quanto para fora da empresa. Dalio advoga que todos escrevam as suas versões do “Principles” em busca de racionais, seja como indivíduo ou corporação.
“Quase sempre existe um bom caminho que você ainda não descobriu. Procure até encontrar, em vez de se contentar com a escolha que está diante dos seus olhos no momento.”
Ray Dalio
Charlie Munger, investidor e parceiro de Warren Buffett, busca racionalizar as motivações por trás de um investimento. Em seu livro “Poor Charlie’s Almanack“, ele comenta porque investiu em algumas empresas que hoje são grandes marcas como Coca-Cola. Para ele, há uma combinação de comportamentos necessária para o investimento fazer sentido, é uma junção de racionais positivos.
“Adquirir sabedoria é um dever moral. Não é algo que se faz só para prosperar financeiramente.”
Charlie Munger